sábado, 21 de novembro de 2009

# Abstração poética



Zenilton Fernandes.


A poesia brota dos olhares mais simples, o que não quer dizer ordinária, por que a natureza é feita de simplicidade. A simplicidade do olhar, insosso do extravasamento, se acalma dentro de si, que manifesta a vida no coração, bole alguns pensamentos, elevando os sentimentos.
Como tudo é simples e, as melhores coisas, melhores amigos, somente são tão nobres e dignos da nossa admiração, por serem acessíveis, o que permitem nossa integração com a vida. O que é distinto, requintado pode manter uma distância suficiente para não permitir as pontes do encontro.
Aproximei da pia do banheiro, liguei a torneira. O chiado da água num passe mágico transformou-se no som de uma cachoeira; à água da pia numa lagoa; o brilho dançava no líquido incolor.
Cenas simples e ordinárias como essa, podem roubar nosso ser da matéria e transformar algo pueril, até desgastado pelo hábito do olhar, num cenário paradisíaco e mágico, com novos sons e cores.
A poesia é aquilo que transforma o comum, no extraordinário; o que é igual numa novidade, que rouba nosso ser para um estado de integração com o encanto e a magia da natureza.

Um comentário:

  1. Amei o último parágrafo acho que resumiu todo o corpo,excelente tbm adoro fazer poesias,sobre td no meu blog há poemas e textos sobre td se quiser visitar algum dia...
    http;//euseiquepossovencer.blogspot.com/

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