segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Do ofício de escrever


Às vezes dá uma sensação do que escrevo não seja interessante às pessoas, hoje senti isso. Pergunto para mim mesmo, será que é importante? Não sei se você ler blog, mas, de volta e meia estou lendo. Encontro pessoas que escreve muito bem, este termo não significa que é melhor do que escrevo, tem o significado que escreve diferente: sobre política, sobre Estado, sobre literatura.

Sem contar em escritores clássicos já afamados. Não sei ainda se sou vaidoso ou busco fama com meus poemas e escritos, advogo que escrevo com o objetivo de acesso a cultura que vai desde escrever uma palavra certa, descobrir uma nova palavra ou entender um vocábulo não entendido, até descrever o que sinto, penso e sempre exercitar a leitura, integrado uma rede de blogs.

Sei que falar de sentimentos, valores, natureza, espiritualidade é muito importante, uma vez que são as coisas que tangem o meu espírito com intensidade e representam valores que estão ao meu derredor, com as pessoas conhecidas, troca de conversas, escuto palestras, leio livros, artigos. Mas, dá aquela sensação de minimizar o que escrevo.

A imagem que veio a minha mente hoje foi de uma floresta alta em uma montanha. As pessoas que gozam da claridade da luz do topo da montanha e da exuberante planície são todos os escritores que já são reconhecidos e, escrevem muito bem. Sinto-me na planície como um menino irrequieto querendo subir essa montanha, toda deslizante, às vezes caio e volto a tentar. Qual a importância dos meus textos? Quem sabe fúteis. Terá alguma coisa a dizer? Alguém poderá se interessar?

É uma coisa do meu espírito, hoje, entre tantas coisas que sinto e me abafam. Mesmo desconfiado e, achando que o melhor seria ter um blog de filosofia, política, que falasse sobre o Estado ou Marxismo. Tenho um ânimo de continuar escrevendo o que lavro neste blog, uma vez que são os assuntos que fazem parte do meu dia a dia, que me emocionam, me fazem feliz ou apertam meu ser. Não sei se daqui a cem anos vou está escrevendo melhor. Quem sabe meus textos serão ordinários e medianos. Mas, estou ousando em saber até onde estes textos poderão me levar. No momento, tento-me consolar com uma frase do escritor amigo meu Dauney Fernandes “quando você escreve algo marca o fato para a eternidade”. Como este texto é uma marca na história, mesmo que anônimo.