terça-feira, 23 de março de 2010

Palavras sem pressa (poesia)



Escrever é desenhar nossos sentimentos da forma mais sutil e igual às letras das mulheres. É a delicadeza de parar, olhar cada sentimento, como aquilo que nos absorve inundando o nosso ser.

Escrever é parar. Olhar. Apreciar. Não as palavras de fora. As palavras de dentro. É sentir a respiração, por um instante e ouvir os silêncios das palavras que gritam, se contorcem e nos pedem para nascerem.

A gravidez das palavras “faz parir” os mundos mais belos que nossos sonhos permitem. O moço calejado, se recua. Não por que tenha medo das palavras, tenha medo do poder que elas possuem. De dar um brilho especial à vida, como as estrelas que brilham numa noite escura.

Querer bem vem derrepente, só que nesse derrepente pode trazer um desassossego. Com o tempo a gente, aprende a não ser tão corajoso.. a não ser tão inocente, .. a não ser tão ligeiro.

Como contrassenso do progresso o amor não é como o trem bala, entretanto, como um carro-de-boi, a possível semelhança é que vai sempre em frente. Devagar e em frente.

Acho que os anos nos ensinam isso. Menos rapidez. E vou indo com meu carro-de-boi, mas sempre em frente! Quem sabe, não tão feliz, não tão triste, mas seguindo muito bem!


Zenilton Fernandes
23/03/2010

quarta-feira, 17 de março de 2010

= SEMINÁRIO - críticas dos professores!

Hoje, antes do seminário de Genilson, Revolução Mexicana, me sentia despreparado, não tinha entendido o tema que ia falar.


Quando chegou a minha vez eu falei um pouco, tentei fazer uma síntese do que meus colegas falaram. Mas, não conseguir convencer. Na realidade nem tinha como. Nem eu estava convencido que sabia o assunto.


No final o professor avaliou como: O seminário foi limitado, sofrível, parece que vocês fizeram pouco caso. Ao fazer um seminário precisa se envolver, ter acuidade e foi citando uma série de coisas que deveríamos ter falado e que não procuramos o professor para tirar duvidas.


Todos nós da equipe ficamos abalados e tristes. Vou procurar ver essa crítica como positiva para melhorar a qualidade dos seminários posteriores. É assim que crescemos e não só passando a mão na cabeça e dizendo amém e que tudo ta bom. Ser professor é dizer o que tem de ser dito, é falar o que pode ser melhorado é falar a realidade mesmo.


No seminário de Tropicalismo, foi mais dinâmico, divertido, teve músicas. O professor avaliou como muito bom e que gostou. Ainda bem, dessa forma aliviou o sentimento de baixo astral que ficamos.

segunda-feira, 15 de março de 2010

A MORTE


Podem achar estranho estar lendo sobre um assunto como esse, sobretudo, como espírita, uma vez que segundo a Doutrina em sua cosmologia afirma não haver tal realidade. Ouso fazer a proposição do assunto numa tentativa de trazer, uma possível compreensão, a um tema que intriga e tange a bilhares de seres humanos no destino do seu espírito, ou o para onde, após, o instante da segurança daquilo que se chama, agora e, mundo físico – com toda minha sinceridade.

A “morte” para o ser humano, possivelmente, representa uma insegurança e instabilidade, uma vez que marca uma “ruptura” com todo o seu espaço existencial, redes de interação ecológica e estruturas de como viver naquele ambiente já conhecido.
Por mais que um ser humano diga que não tenha “medo” da morte, pode ser que não esteja sendo sincero com ele mesmo. Perguntaria: será que alguém pode se preparar para a morte, de modo que esteja em condições de fazer essa transição com, uma certa, segurança para esse espaço desconhecido?

O fato de caracterizar esse deslocamento do espírito neste espaço do cognoscível para o não conhecido e, do concreto para um espaço completamente “abstrato”, apoio, meu argumento na premissa que a morte é um limiar – uma espécie de vestíbulo – no qual, a mulher e o homem dá um passo para um espaço completamente novo e inusitado, segundo suas categorias de espaço, tempo, realidade que faz parte do que é conhecido para o mesmo.

Por mais que podemos afirmar que seja possível a um ser humano se preparar para a morte, vai sempre se apresentar como um fenômeno completamente novo e inédito, que escapa a todas as experiências do ser humano, como também, ainda que o mesmo tenha vivido outras mortes, dezenas, centenas, tais eventos não se encontram nos registros da sua memória, pelo menos daquela que podemos chamar de natural.

Uma vez tendo o espírito “atravessado” a porta da morte, outra idéia é a mesma como um espaço, de um lugar familiar a outro completamente estranho; no sentido que se vai para. No convencional ao afirmamos, numa viagem que: vamos de Igaporã para Caetité. Esta preposição representa um deslocamento, ou seja, sair de um espaço a outro, também. Logo, ao indivíduo que acredita nesta outra dimensão a morte será este para, no sentido de deslocar, de movimento de um a outro espaço.

A morte seria esse – hífen - de uma realidade conhecida, um espaço explorado, um tempo medido, para essa realidade desconhecida, inexplorada e não medida, hostil ou acolhedora, amiga ou estranha, doce ou amarga. Portanto, completamente nova e inédita. Contudo, nos será ofertada essa experiência não como conhecimento a priore, mas, auferida no processo da feitura desta experiência, à medida que se realiza irá sendo filtrada e passando a ser medida, explorada e conhecida, amigável ou agressiva até a ser familiar.

Todavia, diferente de tudo que falei é possível fazer uma conjectura da morte, como estou fazendo, um exercício de imaginação, sem perder de vista o contexto desta reflexão, sublinho – completamente inédito e inovador. Mesmo ao fazer essa reflexão – a morte se põe como “algo” completamente inédito e não sabido.

Qual o sentido de escrever um texto sobre a morte, então, quando não é capaz de amenizar o sentimento do medo e da apreensão diante de tal fenômeno? Uma perda de palavras? É melhor a sinceridade ao refletir, com bom senso, sobre a realidade transcendente mesmo que não seja capaz de dá uma resposta sobre a mesma.

Ainda existe um possível conforto ao espírito saber que a morte é esse algo, para. A vida não é interrompida, muito pelo contrário. Continua. A morte é essa ruptura, vestíbulo, transição, na certeza que a vida do espírito não encerra no último suspiro, o mesmo escapa ao não-ser (do nada) para a imortalidade da vida, nesta viagem ao aconchego, da Vida, por todo este - Universo – à nossa casa.

Nestas últimas linhas, a morte permanece um outro espaço, um outro tempo e desconhecida – se coloca como um mistério para ser franco. Ao mesmo tempo, se sabe da realidade, não da morte e, sim da vida. Existe algo, existe mais, e, é justamente esse consolo – essa certeza – que nos será, no momento certo, desvelada e oferecida toda experiência e coragem que não temos agora, no entanto, no para será oferecida. Fiquemos na convicção que Deus cuida de nós, agora e sempre. Amém.

15 de março de 2010, segunda-feira – 5h 46 min.

terça-feira, 2 de março de 2010

A felicidade (não) é deste mundo

Zenilton Fernandes
03/03/2010

No meio espírita em que participo tenho ouvido a frase: A felicidade não é deste mundo. Quem sabe é reflexo de uma vertente de pensamento, uma vez que sabemos que nosso planeta é de provas e expiação. Contudo, ouvir, falar e alimentar este tipo de pensamento é maléfico para nossa saúde mental. É certo que a felicidade, como a paz, mágoa, esperança, representa uma emoção e como tal, é marcada por tonalidades, intensidades em diversos momentos do dia e da vida.

Dizer que a felicidade não é deste mundo não é certo, uma vez que as pessoas, costumeiramente, dizem: ah como estou feliz. Foi um evento feliz. Hoje o dia foi feliz. Nossa reunião foi feliz. Sua ação foi feliz. Esses pensamentos refutam dizer que a felicidade não existe.

Mas, cabe uma pergunta: Qual a felicidade não é deste mundo? A de plenitude do ser humano, de modo que sentimentos de frustração, dor, tristezas não ocorressem no coração humano!? Deduzo que seja isso.

Sugiro que ao invés de dizer que a felicidade não é deste mundo. Pudéssemos dizer, estamos aprendendo a ser felizes, ou a felicidade é possível neste mundo, como uma potencialização para a nossa realização pessoal. O que não podemos é nos entregarmos a tristeza, ao desânimo, momentos estes que uma vez ou outra nos ocorre, pelas frustrações, conflitos e fatos, sentimentos ou atitudes mal resolvidos em nossa vida.

Penso sim, existem estados de espírito em que a pessoa sozinha não consegue vencer seus estados depressivos, de tristeza profunda e que não sente vontade de viver. Sabemos que neste caso se trata de uma patologia mental e precisa de uma ajuda especializada e apoio da família. Penso também, que todos nós devemos buscar nos prevenir, o quanto pudermos para não entrarmos numa situação de espírito como essa.

Apesar de todos os problemas, de algumas ou várias frustrações, devemos sintonizar nossa mente com o que nos eleva, nos sintonizando com os sentimentos do bem, do amor e da felicidade. Sempre procurando trocar as polaridades do nosso pensamento, de tristeza, para alegria, de fracasso para o êxito, de desesperança para esperança, de ódio para amor, de impaciência para tranqüilidade, lembrando que é um exercício diário.

Deste modo, vamos estar construindo uma rede de pensamentos saudáveis e melhorando as nossas energias interiores, tornando agradáveis e prazerosas ao nosso espírito. Sabemos que assim como nosso espírito evolui, por que a felicidade não evolui e não pode ser potencializada!?

Termino este breve texto, com uma palavra de confiança a todos que o vierem a ler. É possível ser um ser humano feliz e realizado, por mais dificuldades que alguém passe ou venha passar. O que não podemos fazer, repito, é nos entregarmos a sentimentos e pensamentos que nos agridem, que nos fazem mal e não nos levam a lugar nenhum. Vamos, construir em nossa tela mental, sempre, pensamentos de alegria, paz, amor, harmonia, amizade, união, desejar o bem as pessoas, parar de pensar que as pessoas nos desejam o mal, construir pensamentos que nos elevam e desta forma: a felicidade será possível em nosso mundo, mas é claro, ela será sempre maior à medida que nosso espírito se elevar as estrelas. Alegria a todos.