quarta-feira, 5 de maio de 2010

# O sonho e a realidade

Às vezes criamos grandes sonhos sobre uma pessoa. Quem sabe por conta de um olhar, de um encontro e de uma decisão em nossas vidas alguém passa a representar o ser mais importante em nossas vidas. Àquela que você pensará em todo o tempo do seu dia, quem sabe até 24 horas, enquanto você estuda, quando você estar na escola, ou mesmo tentando se divertir mas, a imagem daquela pessoa continua a lhe acompanhar, fazendo da sua vida duas: o que você faz e o pensamento, o sentimento dedicado aquele ser, quem sabe por uma razão desconhecida e, diferente de todas as pessoas, se torna a mais especial da sua vida.

Diante da vida que nos propomos emergem os sonhos e os desejos, até que começamos a nos esforçar, a dar o melhor de nós para que aquele “eu” ideal se concretize e em nosso intimo passamos a desejar com toda a força do nossa alma que se torne real.

Mesmo que toda a realidade se contrapõe, os fatos, as pessoas, ou a vida material com todas as condições adversas. Insistimos o mais que podemos, o melhor dos nossos desejos, arregimentamos forças até além da nossa capacidade normal, aguardamos o tempo, só que não acontece de acordo as nossas expectativas.

Os sonhos brotam de um solo ideal, o qual está sempre assentado no solo da realidade. E dois sonhos, dois desejos entram em conflito dentro do nosso coração. Duas forças antagônicas dentro de nós, não que deveriam ser, mas as realidades não se juntam. Entra a força do desejo do indivíduo e a força da realidade que se dissipam e sempre mais.

Entram em cena duas coisas: o nosso sonho que acariciamos com toda a força da nossa alma e depositamos nossa luta, toda intensidade da nossa Virtú, da nossa força; por outra lado a vida sempre apresenta uma outra realidade. Sentimos um grande conflito, duas forças contrárias com harmonias distantes.

O sonho é o mais importante, a realidade se torna nosso inimigo e desejamos dobrá-la ante a força que aplicamos nesta luta titânica entre nosso sonho, à vida e o anelo dos nossos desejos.

E por mais que queiramos a vida dará todas as provas e todas as condições opostas ao nosso desejo. Que força é essa que se opõe aos nosso desejo, sonhos ante à realidade irrefreável?

Quem sabe pelo resto da nossa vida esse sonho, esse desejo será à nossa realidade, o que de mais importante aconteceu na nossa vida, o projeto prioridade e que tudo o mais ser secundário. Neste oceano da vida nas rodas do tempo passaremos, buscando refúgios, desculpas, que nos dêem força para viver sem o nosso sonho, sem nosso desejo. Tentamos nos distrair com outras coisas, pessoas, realidade, profissão etc. Começamos a encher a nossa vida de muitas coisas, mas, nenhuma delas será suficiente para se tornar tão especial quando nosso sonho.

Tentaremos ser felizes, quem sabe não tão feliz como gostaríamos, tentamos nos enganar com promessas, com agendas, com autoajudas e novos planos. Poderemos até ser razoavelmente realizado, mas em algum canto de nós continuaremos a acreditar, sempre, que nunca como aquele sonho que ficou para trás da nossa estrada, a realidade passou por cima, porém, sobrevive dentro de nosso coração como uma imagem no retrovisor de um carro que se torna cada vez mais distante e se perderá em algum lugar, mas, sabemos, se perderá em algum lugar, dentro do nosso coração. Perdido sim, nunca esquecido; arrancado sim, nunca morto.

Zenilton,
Igaporã - BA 05/05/2010

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