
Minha mãe,
Lembro do meu apego a ti, ainda pequeno residi na roça com meus pais, espaço seguro. Criança, deitava na terra, brincava de bola, carrinhos, mexia com galinhas, via os porcos, o gado, cachorros, gatos; não tinha tantas crianças e, aprendi a divertir sozinho.
Ainda pequeno desejando, minha mãe, que eu pudesse ter acesso à cultura para ter uma vida melhor, menos sofrida. Fazia parte do seu conhecimento dar aos filhos uma educação, a partir daí começaria minha vida urbana, minha história com os livros, com a escrita e com as letras.

Minha vida tomava um novo rumo. Minha mãe desejou que seu filho frequentasse a escola. Em seu coração pensava, não quero que meu filho vá puxar enxada, ordenhar vacas, roçar mangas de pasto, evitar que o sol queimasse meu rosto e evitar que o suor salgado-sagrado ardesse meus olhos.
Minha mãe é semi-alfabetizada, sabe ler um pouco e escreve pouco, mas em seu interior acreditou na educação que era capaz de dar uma vida melhor a seu filho. Sua decisão pueril modificaria o resto da minha vida.
Lembro da primeira vez que separei da minha mãe, num dia de sábado que eu não pude retornar à roça, ficaria morando com minha irmã, meus irmãos. Eu não queria deixar minha mãe, era tudo para mim, era apegado à barra da saia de minha mãe.
Naquele tarde de sábado eu chorei muito, minha mãe como a águia que joga seu filho do alto do penhasco, inesperadamente e, vai ter que aprender a voar, a viver.
Minha mãe é da terra, meu pai é da terra, semente que brota da terra vira feijão, milho, maniva que se transforma em mandioca, agricultura de subsistência, enxada, foice, requeijão, comida, varrer, cozinhar, terra, sol, foice, água na lata que conduzia na cabeça, fogão à lenha, fogo, calor, suor. Meu pai e minha mãe, terra, terra, roça, sertanejo é um forte.
Sou cidadão educado como filho da pólis, mas a minha raiz está na vida do meu pai e da minha mãe, inseparável, a minha cultura precede aos meus pais – a terra alimentou meus pais – sustentou minha família.
Agradeço a terra-vida, alimento, sustento, sobrevivência! Reconheço os animais, o gado, os porcos, as galinhas que foram o sustento da nossa vida. Terra, animais – o trabalho – o sustento da nossa família. A nossa vida veio do campo, o trabalho o meio que garantiu à vida.
Mãe, roça, terra-vida!
Ainda é pouco meu reconhecimento minha mãe. Você é muito especial para mim! Sou da pólis, mas jamais esquecerei que minha raiz está no campo, que meus pais viveram a vida toda no campo, que trabalhou com à terra e os animais. Reconhecer a terra, a roça como parte da vida da minha família é honrar a minha cultura. ignorante o homem/mulher que não valoriza suas raízes. Reconhecer sua cultura e ter orgulho da mesma é apropriar da sua identidade cultural e não se envergonhar do que é, por que todos os lugares são especiais quando se a amor.
Ainda pequeno desejando, minha mãe, que eu pudesse ter acesso à cultura para ter uma vida melhor, menos sofrida. Fazia parte do seu conhecimento dar aos filhos uma educação, a partir daí começaria minha vida urbana, minha história com os livros, com a escrita e com as letras.

Minha vida tomava um novo rumo. Minha mãe desejou que seu filho frequentasse a escola. Em seu coração pensava, não quero que meu filho vá puxar enxada, ordenhar vacas, roçar mangas de pasto, evitar que o sol queimasse meu rosto e evitar que o suor salgado-sagrado ardesse meus olhos.
Minha mãe é semi-alfabetizada, sabe ler um pouco e escreve pouco, mas em seu interior acreditou na educação que era capaz de dar uma vida melhor a seu filho. Sua decisão pueril modificaria o resto da minha vida.
Lembro da primeira vez que separei da minha mãe, num dia de sábado que eu não pude retornar à roça, ficaria morando com minha irmã, meus irmãos. Eu não queria deixar minha mãe, era tudo para mim, era apegado à barra da saia de minha mãe.
Naquele tarde de sábado eu chorei muito, minha mãe como a águia que joga seu filho do alto do penhasco, inesperadamente e, vai ter que aprender a voar, a viver.
Minha mãe é da terra, meu pai é da terra, semente que brota da terra vira feijão, milho, maniva que se transforma em mandioca, agricultura de subsistência, enxada, foice, requeijão, comida, varrer, cozinhar, terra, sol, foice, água na lata que conduzia na cabeça, fogão à lenha, fogo, calor, suor. Meu pai e minha mãe, terra, terra, roça, sertanejo é um forte.
Sou cidadão educado como filho da pólis, mas a minha raiz está na vida do meu pai e da minha mãe, inseparável, a minha cultura precede aos meus pais – a terra alimentou meus pais – sustentou minha família.
Agradeço a terra-vida, alimento, sustento, sobrevivência! Reconheço os animais, o gado, os porcos, as galinhas que foram o sustento da nossa vida. Terra, animais – o trabalho – o sustento da nossa família. A nossa vida veio do campo, o trabalho o meio que garantiu à vida.
Mãe, roça, terra-vida!
Ainda é pouco meu reconhecimento minha mãe. Você é muito especial para mim! Sou da pólis, mas jamais esquecerei que minha raiz está no campo, que meus pais viveram a vida toda no campo, que trabalhou com à terra e os animais. Reconhecer a terra, a roça como parte da vida da minha família é honrar a minha cultura. ignorante o homem/mulher que não valoriza suas raízes. Reconhecer sua cultura e ter orgulho da mesma é apropriar da sua identidade cultural e não se envergonhar do que é, por que todos os lugares são especiais quando se a amor.